domingo, 25 de dezembro de 2011

UM NATAL DE PAZ!!!!!

O INDIGNADO:

Neste dia em que celebramos o nascimento do CRISTO, que tenham todos muita paz e harmonia em tuas famílias.

sábado, 24 de dezembro de 2011

UM FELIZ NATAL Á TODOS

O INDIGNADO :

Deseja um natal de paz e harmonia.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A VIDA PRIVADA DE PIMENTEL

Guilherme Fiúza, ÉPOCA
Dilma Rousseff afirmou que “o governo acha estranho que o ministro (Pimentel) preste satisfações ao Congresso da sua vida privada”.
Já é um avanço. Pelo menos, o governo Dilma começou a estranhar alguma coisa. Ninguém aguentava mais esse clima de normalidade.
Realmente, não dá para entender esse interesse do Congresso Nacional pela vida privada de Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-consultor de empresas privadas.
Como os parlamentares de oposição não respeitam a privacidade do ministro, cumpre fazer um esclarecimento: a vida privada de Fernando Pimentel é muito mais abrangente do que imaginam os nobres deputados e senadores.
Para que não pairem mais dúvidas sobre o assunto, e para que cessem de uma vez por todas essas convocações muito estranhas, vamos deixar claro o perímetro da vida privada de Pimentel.
Ao contrário da maioria das pessoas, Fernando Pimentel não é um indivíduo não-governamental. Seu universo particular em expansão alcança zonas do poder público – especialmente em Belo Horizonte e em Brasília.
Foi por isso que em 2009 e 2010, quando estava sem mandato, Pimentel deu um show como consultor econômico – faturando de cara R$ 2 milhões e deixando de queixo caído a concorrência muito mais experiente do que ele.
Os consultores normais, PhDs e especialistas em geral podem ser muito bons, mas são privados demais.
No período em que prestou suas consultorias, Pimentel tinha grande influência na Prefeitura de BH e no partido do presidente da República – que inclusive o escolheu na época para coordenar a campanha sucessória.
O que o Congresso não entende é que a vida pessoal de Pimentel contém sua invejável amizade com Dilma Rousseff (que fez dele um consultor ministeriável). Também estão contidos na sua privacidade seus amigos de fé no governo da capital mineira, e seus irmãos camaradas na iniciativa privada – que adorariam vê-lo governador em 2014, porque o acham um cara legal.
Feita essa demarcação territorial da imensa vida privada de Fernando Pimentel, espera-se que não perturbem mais a presidente Dilma com pedidos de explicação estranhos.
E vamos em frente, porque o Brasil, pelo visto, não estranha mais nada.
Fonte: www.blog do Noblat de 15/12/2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

APENAS 4 MESES DE OPERAÇÃO ANUAL.

Queridos amigos do Brasil, O pacote de financiamento para Belo Monte -- a barragem mais destrutiva do Brasil -- pode ser decidido em poucos dias. Os danos serão irreversíveis. Assine a petição para impedir que o BNDES use dinheiro público para assinar a sentença de morte da Amazônia:
Vamos unir nossas vozes com o povo do Xingu para impedir nosso governo de usar dinheiro público para assinar a sentença de morte da Amazônia.O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social planeja dar R$ 24,7 bilhões do nosso dinheiro para os bancos privados emprestarem aos contratantes que querem construir a barragem. O banco concordou em não financiar projetos que causem danos sociais e ambientais irreversíveis, exatamente o que Belo Monte vai fazer, e está sendo investigado por infringir a legislação ambiental brasileira para acelerar a início das obras. Mas lobbistas estão pressionando o banco para poder colocar as suas mãos nos bilhões de reais agora. Somente uma barulhenta manifestação pública poderá bloquear esta suspeita negociação. Juntos, podemos impedir que nosso banco público apoie uma série de empresas de saquear a Amazônia, nosso tesouro nacional. Assine a petição abaixo e depois compartilhe-a com todos que você conhece. Quando alcançarmos 100.000 assinaturas vamos entregá-las ao presidente do banco, Luciano Coutinho, juntamente com uma ação para chamar a atenção da mídia:http://www.avaaz.org/po/belo_monte_people_vs_profits/?vlPromotores do projeto de Belo Monte insistem que a barragem ajudaria a resolver as necessidades de energia do Brasil. Mas não podemos turbinar nosso futuro à custa da vida de outras pessoas e de um desenvolvimento destrutivo. Belo Monte seria a terceira maior barragem do mundo, com um reservatório maior que o Canal do Panamá. Ela ridicularizaria o Protocolo Verde do banco, inundando e destruindo 160 mil hectares de floresta tropical e deslocando mais de 40.000 pessoas. Violência e intimidação já estão crescendo na área ao redor da barragem.Infelizmente o nosso governo está fazendo um lobby violento para a construção da barragem e fará o que for preciso para torná-la uma realidade. Depois que o Ministério Público Federal no Pará abriu 40 investigações sobre irregularidades de Belo Monte, o Procurador-Geral do estado imediatamente sofreu pressão do governo para deixar seu cargo. Descobrimos também que o IBAMA fabricou uma "licença de construção parcial" para aprovar o início das obras - um tipo de licença que não existe na legislação brasileira.O banco é a única instituição que pode impedir a construção de Belo Monte. O presidente do BNDES se preocupa com sua reputação. Se nos unirmos e exigirmos que ele respeite as suas próprias regras e o nosso interesse nacional, podemos persuadir o BNDES a não apoiar esta barragem destrutiva. Assine a petição e envie para seus amigos:http://www.avaaz.org/po/belo_monte_people_vs_profits/?vlApenas a vigilância do povo pode garantir que os órgãos públicos protejam o nosso interesse comum a longo prazo. Os membros da Avaaz recentemente ajudaram o movimento indígena boliviano a parar uma estrada destrutiva através da Amazônia que o BNDES queria apoiar. Vamos tomar uma posição e garantir que Belo Monte não receba um subsídio enorme do nosso dinheiro. Com esperança, Alex, Dalia, Emma, Diego, Caroline, Ricken e o resto da equipe Avaaz Mais informações: MPF questiona BNDES sobre financiamento de Belo Montehttp://www.prpa.mpf.gov.br/news/2010/noticias/mpf-questiona-bndes-sobre-financiamento-de-belo-monte/ Belo Monte: AGU pede afastamento de promotor (O Globo)http://oglobo.globo.com/economia/belo-monte-agu-pede-afastamento-de-procurador-3403860 Governo veta discussão sobre oitivas e expulsa observadores de reunião indígena (Xingu Vivo)http://www.xinguvivo.org.br/2011/12/05/governo-veta-discussao-sobre-oitivas-e-expulsa-observadores-de-reuniao-indigena/ Lobão diz que Belo Monte 'só tem vantagens' e volta a defender usina (G1)http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/12/lobao-diz-que-belo-monte-so-tem-vantagens-e-volta-defender-usina.html Norte Energia: MP cobra sobre impacto de Belo Monte (Veja)http://veja.abril.com.br/noticia/economia/norte-energia-mp-cobra-sobre-impacto-de-belo-monte BNDES deve aprovar financiamento a Belo Monte em 2012 (Terra)http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201112082103_RTR_SPE7B70AL MPF pede fiscalização de financiamentos do BNDES destinados a Belo Monte (Rede Brasil Atual)http://www.redebrasilatual.com.br/temas/ambiente/2011/11/mpf-pede-fiscalizacao-de-financiamentos-do-bndes-destinados-a-belo-monte

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

R E PA S S A N D O .

E AGORA, OS DEFENSORES DA CORRUPÇÃO QUE ASSOLA O PAÍS, TÊM ALGUM COMENTÁRIO A FAZER? FAÇA-O.


UTOPIA - Militares, nunca mais... Militares, nunca mais... Só para relembrar. Militar é incompetente demais!!! Militares, nunca mais!!!


Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério, honesto e progressista. BLARGTHHH...!!!!Cresce o grupo que não quer mais ver militares no poder, pelas razões abaixo:Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças. Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista. Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora. Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.Criaram esse maldito do Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. Para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.Enfiaram o Brasil numa disputa estressante,levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial. Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo. Uma desgraça completa.Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu),o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.Esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.Os militares são muito estressados. Fazem tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, sequestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje. Os de hoje é que são bons e honestos. Cadê os Impostos de hoje, isto eles não fizeram!Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões. Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.Outras desgraças criadas pelos militares: Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um Oficial do Exército,formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M. Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM. Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo. Pensa!! Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.Graças a Deus!Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!Tem muito mais coisas horrorosas que eles,os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:"Militar no poder, nunca mais!!!", exceto os domesticados.Ainda bem que hoje estão assumindo o poder pessoas compromissadas com os interesses do Povo. Militares jamais!Os políticos de hoje pensam apenas em ajudar as pessoas e foram injustamente prejudicadas quando enfrentavam os militarescom armas às escondidas com bandeiras de socialismo. Os países socialistas são exemplos a todos. ALÉM DISSO, NENHUM DESSES MILITARES CONSEGUIU FICAR RICO. ÊTA INCOMPETÊNCIA!!! (Millôr Fernandes)

sábado, 10 de dezembro de 2011

ESCLARECIMENTO

Lembramos a todos aqueles que seguem ou simplesmente acessam o TRIBUNABRASIL.COM que não aceitamos nenhum comentário de ANÔNIMOS. Caso não tenha blog ou site, comentem utilizando o link de "anônimos", mas tenha a ombridade de assinarem.
O INDIGNADO.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

BARBARIDADE, TCHÊ!!!!!!

Comentário dO INDIGNADO:
Essa só poderia ser a noticia do Papai Noel. BRAVO!!!!
LEMBRAM DA JORGINA?
Pois ela tá aí de volta, e com cargo no governo do Rio.. Obs: A CEDAE - Cia de Águas e Esgoto, pertence ao Governo do PMDB do Estado do Rio de Janeiro! Gente, é inacreditável e vergonhoso esse nosso (?) Brasil.Tantos procurando postos de trabalho, e uma delinquente comprovada, que foi condenada e presa como autora de uma das maiores roubalheiras do Brasil na época (hoje estaria somente no final da relação...) é nomeada ASSESSORA DA PRESIDÊNCIA de uma entidade autárquica do governo do Estado do Rio de Janeiro! Não há mais a mínima vergonha na cara ou respeito com a opinião pública! A notícia:Fraudadora condenada sai da cadeia durante o dia e é nomeada assessora de órgão público do governo do Estado do Rio!Pasmem! Jorgina de Freitas a maior FRAUDADORA do INSS já identificada, foi nomeada ASSESSORA do Presidente da CEDAE, Wagner Victer. Inacreditável! Essa "senhora" é a maior fraudadora da Previdência Social que o Brasil já conheceu. Trata-se da ex-procuradora do INSS, Jorgina de Freitas, que em 1992, foi condenada junto com o juiz Nestor José Nascimento e o advogado Ilson Escóssia por fraudes que desviaram R$ 310 milhões do INSS. Posteriormente, Jorgina foi condenada a devolver aos cofres públicos R$ 200 milhões (sobre os R$110 milhões faltantes, não se falou mais...).Ela fugiu do Brasil e foi presa na Costa Rica em 1997. Agora, embora continue cumprindo a pena, Jorgina de Freitas passou ao regime semi-aberto, porque conseguiu um emprego. Adivinhem onde? Foi contratada pela CEDAE como assessora do presidente da empresa, Wagner Victer. Acreditem se quiserem!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

MAIS UMA PORRADA.

O INDGNADO:

Repassando.

Para quem não sabe o Prof. Dr. Ildo Sauer é respeitado internacionalmente como autoridade em energia. é professor catedrático da USP e é petista militante e juramentado. O Plano de energia do Governo Lula, apresentado nas campanhas do candidato a presidente Lula, sempre foi elaborado pelo Dr. Sauer. Ele foi diretor de Gás e Energia da PETROBRAS no primeiro mandato do governo Lula. Após sua saída da diretoria da empresa esta engajado juntamente com a Associação dos Engenheiros da Petrobras - AEPET, na divulgação e esclarecimento da campanha o PRÉ SAL TEM QUE SER NOSSO.
sexta-feira, 02 de dezembro de 2011 04:12
Ildo Sauer denuncia como José Dirceu entregou o Pré-Sal para Eike Batista (Parte final - Os leilões dos campos da Petrobras)
Agradecendo ao comentarista Mario Assis, que nos enviou a matéria, publicamos hoje a segunda parte da importantíssima entrevista do professor Ildo Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, concedida a Pedro Estevam da Rocha Pomar e Thaís Carrança, da revista da Associação dos Docentes da USP (Adusp).
Considerado um dos maiores especialistas em energia do país, ex-diretor da Petrobras no primeiro governo Lula, Sauer conta como foi descoberto o Pré-Sal e denuncia o lobby feito por José Dirceu para entregar a Eike Batista a maior parte das reservas.
Revista Adusp: Você ainda estava na Petrobras, quando o Pré-Sal foi descoberto?
Ildo Sauer - Eu ajudei a tomar essa decisão. Nós tomamos essa decisão, não sabíamos quanto ia custar. O poço de Tupi custou US$ 264 milhões, para furar os 3 km de sal e descobrir que tinha petróleo. O Lula foi avisado em 2006 e a Dilma também, de que agora um novo modelo geológico havia sido descoberto, cuja dimensão era gigantesca, não se sabia quanto. Então, obviamente, do ponto de vista político, naquele momento a nossa posição, de muitos diretores da Petrobras, principalmente eu e Gabrielli, que tínhamos mais afinidade política com a proposta do PT de antigamente, a abandonada, achávamos que tinha que parar com todo e qualquer leilão, como aliás foi promessa de campanha do Lula.
Na transição, ainda a Dilma falou, “não vai ter mais leilão”. Mas se subjugaram às grandes pressões e mantiveram os leilões. Fernando Henrique fez quatro, Lula fez cinco. Lula entregou mais áreas e mais campos para a iniciativa privada do petróleo do que Fernando Henrique.
Um ex-ministro do governo Lula e dois do governo FHC foram assessorar Eike Batista. O que caberia a um governo que primasse por dignidade? Cancelar o leilão. Por que não foi feito? Porque tanto Lula, quanto Dilma, quanto os ex-ministros, estavam nessa empreitada”
Revista Adusp: Mas Gabrielli era contra e acabou concordando?
Ildo Sauer - Não. A Petrobras não manda nisso, a Petrobras é vítima, ela não era ouvida. Quem executa isso é a ANP [Agência Nacional do Petróleo], comandada pelo PCdoB, e a mão de ferro na ANP era da Casa Civil. Então a voz da política energética era a voz da Dilma, ela é que impôs essa privatização na energia elétrica e no petróleo. Depois do petróleo já confirmado em 2006, a ANP criou um edital pelo qual a Petrobras tinha limitado acesso. Podia ter no máximo 30% ou 40% dos blocos, necessários para criar concorrência. Porque, em 2006, Tupi já havia sido furado e comunicado. O segundo poço de Tupi, para ver a dimensão, foi feito mais adiante, esse ficou pronto em 2007. Só que o Lula e a Dilma foram avisados pelo Gabrielli em 2006.
Muitos movimentos sociais foram a Brasília, nós falávamos com os parlamentares, os sindicatos foram protestar. O Clube de Engenharia, que é a voz dos engenheiros, mandou uma carta ao Lula, em 2007, pedindo para nunca mais fazer leilão.
Em 2005-6, o [Rodolfo] Landim, o queridinho do Lula e da Dilma, saiu da Petrobras. Porque o consultor da OGX, do grupo X, do senhor [Eike] Batista, era o ex-ministro da Casa Civil (José Dirceu), e ele sugeriu então que Eike entrasse no petróleo. Aí ele contratou o Landim, que começou a arquitetar. Como o centro nevrálgico da estratégia da Petrobras é a gerência executiva de exploração, o geólogo Paulo Mendonça, nascido em Portugal, formado aqui na USP, e o Landim, articularam para em 2007 criar uma empresa nova, a partir dos técnicos da Petrobras. E o senhor Batista queimou alguns milhões de dólares para assinar os contratos e dar as luvas desses novos cargos, que estavam dentro da Petrobras mas, desde que o Landim foi trabalhar com o senhor Batista, ele já estava lá para arrancar de dentro da Petrobras esses técnicos.
Aí chegou o fim de 2007, todos nós pressionando para não ter mais leilão, o Lula tira 41 blocos… Mas vamos voltar a 2006. Em 2006, quem anulou o leilão foi a Justiça, por discriminação contra a Petrobras fazer essas coisas. Ouvi isso da Jô Moraes, num debate na Câmara dos Deputados.
Só que aí se criou o seguinte imbróglio: um ex-ministro do governo Lula e dois do governo Fernando Henrique, Pedro Malan e Rodolpho Tourinho, foram assessorar o Eike Batista. Ele já tinha gasto um monte para criar sua empresa de petróleo. Se o leilão fosse suspenso, ele ia ficar sem nada, e já tinha aliciado toda a equipe de exploração e produção da Petrobras.
O que caberia a um governo que primasse por um mínimo de dignidade para preservar o interesse público? Cancelar o leilão e processar esses caras que saíram da Petrobras com segredos estratégicos. Por que não foi feito? Porque tanto Lula, quanto Dilma, quanto os ex-ministros, os dois do governo anterior e um do governo Lula, estavam nessa empreitada.
Revista Adusp: Quem era o ex-ministro?
Ildo Sauer - O ex-chefe da Casa Civil, antecessor de Dilma.
Revista Adusp: José Dirceu?
Ildo Sauer - É, ele foi assessor do Eike Batista, consultor. Para ele, não era do governo, ele pegou contrato de consultoria, para dar assistência nas negociações com a Bolívia, com a Venezuela e aqui dentro. Ele [Dirceu] me disse que fez isso. Do ponto de vista legal, nenhuma recriminação contra ele, digamos assim. Eu tenho (recriminação)contra o governo que permitiu se fazer.
E hoje ele [Eike] anuncia ter 10 bilhões de barris já, que valem US$ 100 bilhões. Até então, esse senhor Batista era um milionário, tinha cerca de US$ 200 milhões. Todo mundo já sabia que o Pré-Sal existia, menos o público, porque o governo não anunciou publicamente. As empresas que operavam sabiam, tanto que a Ente Nazionale Idrocarburi D’Italia (ENI) pagou US$ 300 milhões por um dos primeiros poços leiloados em 2008. Três ou quatro leilões foram feitos quando o leilão foi suspenso pela justiça. Até hoje, volta e meia o [ministro] Lobão ameaça retomar o leilão de 2008, 2006. A oitava rodada. Para entregar. Tudo em torno do Pré-Sal estava entregue naquele leilão.No leilão seguinte, o governo insiste em leiloar. E leiloou. E na franja do Pré-Sal é que tem esse enorme poderio.
Como é que pode? A empresa dele (Eike) foi criada em julho de 2007. Em junho de 2008 ele fez um Initial Public Offering, arrecadou R$ 6,71 bilhões por 38% da empresa, portanto a empresa estava valendo R$ 17 bilhões, R$ 10 bilhões dele. Tudo que ele tinha de ativo: a equipe recrutada da Petrobras e os blocos generosamente leiloados por Lula e Dilma. Só isso. Eu denunciei isso já em 2008. Publicamente, em tudo quanto é lugar que eu fui, eu venho falando para que ficasse registrado antes que ele anunciasse as suas descobertas. Porque fui alertado pelos geólogos de que lá tinha muito petróleo.
Foi um acordo que chegaram a fazer, numa conversa entre Pedro Malan, Rodolpho Tourinho e a então ministra-chefe da Casa Civil (Dilma), em novembro, antes do leilão. O Lula chegou a concordar, segundo disse o pessoal do MST e os sindicalistas, em acabar com o leilão. Mas esse imbroglio, de o empresário ter gasto dezenas de milhões de dólares para recrutar equipe e apoio político nos dois governos fez com que eles mantivessem… Tiraram o filé-mignon, mas mantiveram o contra-filé. O contra-filé é alguém que hoje anuncia ser o oitavo homem mais rico do mundo.
E tudo foi mediante essa operação no seio do governo. Contra a recomendação dos técnicos da Petrobras, do Clube de Engenharia, do sindicalismo. Foi a maior entrega da história do Brasil. O ato mais entreguista da história brasileira, em termos econômicos. Pior, foi dos processos de acumulação primitiva mais extraordinários da história do capitalismo mundial. Alguém sai do nada e em três anos tem uma fortuna de bilhões de dólares.
A Petrobras durante a vida inteira conseguiu descobrir 20 bilhões de barris de petróleo, antes do Pré-Sal. Este senhor, está no site da OGX, já tem 10 bilhões de barris consolidados. Os Estados Unidos inteiros têm 29,4 bilhões de barris. Ele anuncia que estará produzindo, em breve, 1,4 milhão de barris por dia — o mesmo que a Líbia produz hoje.
É esse o quadro. Ou a população brasileira se dá conta do que está em jogo, ou o processo vai ser o mesmo de sempre. Do jeito que foi-se a prata, foi-se o ouro, foram-se as terras, irão também os potenciais hidráulicos e o petróleo, para essas negociatas entre a elite. O modelo aprovado não é adequado. Mantém-se uma aura de risco sem necessidade, para justificar que o cara está “correndo risco”, mas um risco que ele já sabe que não existe.
Qual é a nossa proposta? Primeiro, vamos mapear as reservas: saber se temos 100 bilhões, 200 bilhões, 300 bilhões de barris. Segundo, vamos criar o sistema de prestação de serviço: a Petrobras passa a operar, recebe por cada barril de petróleo produzido US$ 15 ou US$ 20, e o governo determina o ritmo de produção. Porque há um problema: a Arábia Saudita produz em torno de 10 milhões de barris, a Rússia uns 8 milhões de barris, depois vêm os outros, com2 a4 milhões de barris por dia: Venezuela, Iraque, Irã. O Eike Batista anuncia a produção de 1,4 milhão de barris, a Petrobras anuncia 5 milhões de barris e pouco. Significa que o Brasil vai exportar uns 3 ou 4 milhões de barris. Já é o terceiro ator. Não se pode fazer mais isso.