quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ATÉ 2013.

DESEJAMOS A TODOS UM NATAL DE PAZ, E REALIZAÇOES PLENAS NO ANO NOVO.
O INDIGNADO.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

QUEM TEM DINHEIRO?

COMENTA O INDIGNADO:
As classes pobre e remediada, poderão usar a POUPANÇA para compar a futura liberdade. O sonho da casa própria, continuará sendo um 'sonho'.

A tese de Toffoli: A liberdade é para quem pode pagar por ela.

A defesa feita pelo ministro do Supremo Dias Toffoli – o valente deveria renunciar ao STF e se candidatar a uma vaga na Câmara ou no Senado – de que criminosos do colarinho branco paguem penas pecuniárias em vez de ir para a cadeia é de tal sorte ridícula e discriminatória que deveria ser imediatamente mandada para a lata do lixo em vez de criar falsas polêmicas nos jornais.
“Que é, Reinaldo? Então há certas ideias que não devem nem ser debatidas?” Há, sim! As que violentam o fundamento de uma República – na qual todos têm de ser iguais perante a lei – e as que carregam um evidente traço de discriminação de classe ou de origem deveriam ser imediatamente descartadas como expressão do atraso. A polêmica, de resto, é falsa porque, que eu tenha visto, ninguém comprou a tese esdrúxula daquele que foi rejeitado pelo Judiciário quando lhe foi testado o mérito e admitido quando o demérito passou a ser critério de inclusão.
O que quer Toffoli,  agora que companheiros seus de partido estão na reta da cadeia? Que só os crimes de sangue conduzam ao xilindró? Se, havendo o risco da perda da liberdade, o país já se confunde com a casa da mãe Joana, imaginem como seria se os larápios soubessem que lhes bastaria pagar uma multa se flagrados. Ainda que fosse possível confiscar todos os bens dos condenados – não é! –, a resposta ainda seria insuficiente porque o ladrão profissional não costuma manter propriedades em seu nome; pulveriza-as em diversos laranjas. A polícia só consegue identificar uma minoria.
Que a imprensa tente debater isso a sério, eis um sintoma da decadência. Há coisas que merecem simplesmente repúdio e pronto! Ora, bastaria, então, como quer o ministro Toffoli, que o corrupto devolvesse o dinheiro aos cofres públicos para que ficasse livre da cadeia? Um pilantra que tivesse lesado milhares ou, indiretamente, milhões no mercado financeiro estaria a flanar por aí – desde, claro, que arcasse com o custo?
Toffoli, este novo gênio do direito, quer instituir no país o que gente poderia chamar de “liberdade censitária”. Por que afirmo isso? Porque os crimes financeiros, convenham, requerem certas condições sociais. Não costumam ser praticados por pobres. Há mais: suponho que o não pagamento da pena pecuniária implicaria, aí sim, a prisão do condenado, de sorte que temos o corolário óbvio: para Dias Toffoli, a liberdade é coisa de quem pode pagar por ela.
E o mais encantador é que ele fez tal defesa aos brados, como se estivesse tendo uma grande e redentora ideia. E ainda tentou arrastar outros em sua pantomima, evocando a experiência do ministro Gilmar Mendes, que, quando presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça, teve papel importante para equacionar a situação de pelo menos 20 mil pessoas presas em situação irregular. O trabalho meritório de Mendes nada teve a ver com o discurso estúpido de Toffoli.
Qual é o ponto?Ninguém deve ser punido com a prisão APENAS para servir de exemplo, o que não quer dizer que a pena não deva ter também um caráter exemplar. O ideal é que ninguém cometa crimes porque tem interiorizadas regras de convivência que lhe digam que determinadas ações são inaceitáveis – mormente aquelas definidas em lei como crimes. Mas vivemos também no mundo real, e pouco nos importa, no fim das contas, se as pessoas fazem a coisa certa porque intimamente convencidas dos limites ou porque temem a força coercitiva do estado. O importante, no que diz respeito à sociedade, é o resultado.
Se a sociedade resolver enviar para a cadeia apenas as pessoas que ponham em risco a segurança física de terceiros, comecemos por soltar – e por não prender – os criminosos passionais. Eliminados os objetos de sua fúria, não costumam mais ameaçar ninguém. A maioria, inclusive, está sinceramente arrependida de seu ato.
Que coisa, não? O Brasil mal começou a mandar os ricos para a cadeia, e já surge um movimento para impedir que cumpram pena em regime fechado. Que sejam esquerdistas a fazer essa defesa, isso só nos diz até onde essa gente pode chegar para defender “o chefe”.  
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 13 de novembro de 2012

DETERMINAÇÃO DA PRESIDENT-A AO EXÉRCITO.



     De acordo com estas informações abaixo, a presidente Dilma Rousseff (Estela) determinou ao Exército o cumprimento de ações na região do Araguaia (MT), que representam, na prática, garantir a entrega de partes do território brasileiro a países estrangeiros para fins de exploração das nossas riquezas minerais. 
     Mais uma vez, o comando do Exército se mostrou omisso e subserviente, e que possivelmente de joelhos, mandou cumprir a missão que prejudica a soberania do Brasil. 

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Kalixto Guimarães
Foto ilustrativa
Dilma Rousseff, Presidente do Brasil e Comandante em Chefe das Forças Armadas Brasileiras,autorizou na última semana de outubro o deslocamento do 58º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército, para o município de Alto Boa Vista, localizado na região norte de Mato Grosso. Um contingente considerável de soldados apoiados em uma artilharia pesada, mais a cobertura de um potente helicóptero de combate aéreo, transformou as instalações da Escola Agrícola deste município em Quartel General. A missão das tropas é ajudar a FUNAI na desocupação de centenas de famílias de produtores de suas propriedades, reduzindo em 70% a área territorial de Alto Boa Vista, em detrimento da criação fraudulenta de uma fictícia reserva indígena xavante.
Caso essa vergonhosa batalha seguir avante, os brios e a glória do Exército Brasileiro ficarão manchados na história da Pátria, por conta da insanidade de seu atual Comandante. A ex-guerrilheira, que ontem desafiava e enfrentava as Forças Armadas em sua luta pela soberania nacional e pela socialização do país, agora, na condição de Senhora dos Destinos da Pátria Amada Brasil, se entrega aos caprichos dos interesses internacionais sobre a Amazônia.
Desrespeitando a Constituição Federal e a legalidade do Estado de Direito, que permite a ampla defesa das causas e das liberdades civis, a Presidente Dilma manda um aparato militar (Exército, Força Nacional e Polícia Federal) invadir Mato Grosso e varrer do mapa um município brasileiro, para dar lugar a implantação de mais uma Terra Indígena.

Leia também:
Contrariando o governador do Estado, a Assembléia Legislativa, a bancada federal de deputados e senadores mato-grossense, prefeitos, vereadores e milhares de cidadãos, Dilma Rousseff repete o que Lula, FHC e Collor fizeram, entregando, de mãos beijadas e em nome de índios, grande parte do território nacional ao domínio estrangeiro. Tal atitude, além de confirmar a máxima popular regional que diz: “No Brasil a terra é do índio e o céu dos crentes”, também, coloca em risco a unidade e a integração territorial da Nação Brasileira. As denúncias feitas por diversos Generais, alguns expoentes da Agência Nacional de Inteligência (ABIN), e pelo próprio Ministério de Defesa, sobre o plano estratégico e neocolonialista dos países ricos, em dominar por completo a rica região Amazônica, sob o disfarce aparentemente inofensivo de criação de centenas de terras indígenas, ficam cada vez mais evidentes.
Conforme o alerta feito por estes brasileiros, vigilantes e legítimos defensores da soberania nacional, essa tática de invasão é eficaz e menos traumática, por facilitar a ação diplomática da Organização das Nações Unidas, ONU, no apoio que prestaria as essas ilhas étnicas, reconhecendo-as de imediato como sendo novas e autônomas republiquetas.
Assim, fizeram e ainda fazem os EUA, os ingleses, franceses, russos e chineses para manterem os seus feudos coloniais na África, no Oriente médio e Europa oriental, onde, possuem suas indústrias de exploração mineral e dezenas de nações subdesenvolvidas, que lhes servem apenas como mercado de consumo, mão de obra barata e escrava. Dessa forma, o Brasil continental tido na atualidade como o quarto maior país do mundo e gigante emergente da sexta economia, caminha sabendo que vai para o quinto dos infernos

terça-feira, 6 de novembro de 2012

ESTE É O BRASIL PTRALHA!!!!!









COMENTA O INDIGNADO:
Esta é mais uma armação do governo ptralha. Só a conscientização e reação do povo brasileiro poderá acabar com essa pouca vergonha desses negócios sujos praticados por políticos da pior espécie.

 Servidora do Senado brasileiro mora nos EUA

O gabinete da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) abriga uma funcionária que mora há quase dois anos a muitas milhas de distância do Brasil - mais precisamente em Bethesda, cidade satélite de Washington.
Solange Amorelli (na foto maior) foi admitida como servidora do Senado em 1988. Casou-se mais tarde com um diretor do Banco Mundial e se mudou para os Estados Unidos. Ganha salário em torno de R $ 12 mil. Ela continuou a recebê-lo mesmo sem comparecer ao seu local de trabalho - pagamento de horas extras a que têm direito os demais servidores do gabinete. Ela não foi autorizada pelo Senado a morar no exterior. Quando senadores visitam Washington, ela costuma ciceroneá-los a pedido de Serys.
A cada três ou quatro meses, Solange visita o Brasil e passa alguns dias em Brasília.
Adaptou-se bem à vida em Bethesda. Em 11 de novembro do ano passado, foi apresentada como uma das novas integrantes do  The GFWC Maryland Federation of Women's Clubs, Inc.
Vez por outra participa de eventos promovidos na cidade por uma entidade que presta assistência a latinos que moram em Washington. E já foi entrevistada pelo jornal da escola onde seu filho estuda. Li, ontem, uma entrevista da senadora  Serys no site Olhar Direto, do Mato Grosso. A propósito dos escândalos que abalam o Senado, disse Serys a certa altura:
- Defendo transparência em todos os atos internos, porque só assim poderemos dar uma resposta à sociedade. E temos que apurar tudo também e revelar o que foi investigado.
À noite, conversei com ela por telefone a respeito da situação de Solange.
A senhora tem uma funcionária que mora há quase dois anos nos Estados Unidos...
 Ela não mora propriamente lá, e está sempre por aqui prestando serviços. Como não mora? Ela é casada com um diretor do Banco Mundial, tem casa numa cidade satélite de Washington e filho matriculado em escola de lá. E, no entanto, continua recebendo salário do Senado e tem direito até a horas extras.
No momento ela está de licença.
Não está mais, senadora. Ela entrou de licença de 60 dias em 16 de março último. O prazo da licença venceu e não foi renovado. Pois é, mas ela chegará ao Brasil na próxima segunda-feira e entrará com um pedido de férias.
Sim, e daí?
Você sabe que eu sou muito atenta a essas coisas...
É, eu sei. Quase não contive o riso de tanta indignação com a cara de pau da Senadora .
Depois de falar comigo, a senadora apressou-se em telefonar para um repórter do site Olhar Direto, interessada em vazar a seu modo a história de Solange.
 Sob o título Servidora é acusada de morar nos EUA e receber salário, o site publicou às 21h15 notícia atualizada às 23h que começava assim:
"A servidora pública federal, Solange Amaroli, que estaria lotada no gabinete da senadora Serys Slhessarenko , é acusada de morar em uma cidade dos Estados Unidos e receber remunerações do Senado, conforme informações daquela Casa de Leis ao site Olhar Direto.
Solange Amaroli, de acordo com as mesmas fontes, pode ser uma das servidoras contratadas através do esquema dos ex-diretores do Senado, que funcionava para contratar parentes, amigos e cabos eleitorais."
A notícia terminava assim:
"Provocada pela reportagem do site Olhar Direto, a parlamentar petista confirmou que Solange é, de fato, servidora de seu gabinete. Contudo, rechaçou a hipótese de a funcionaria ter sido nomeada por atos secretos da Mesa diretora do Senado, nos últimos 10 anos. "As minhas contratações não são atos secretos. Esta servidora realmente trabalha e muito para mim. Pelo o que eu sei, ela estava de licença em Washington e chegou segunda-feira. Depois, entrou com requerimento de férias. É isso o que eu sei", declarou a senadora." CARA DE PAU!!!
Em outros países por muito menos a punição é muito, mas, muito severa mesmo!!!
(Fonte: Carlos Boechat).

Carlos Boechat





 















quarta-feira, 31 de outubro de 2012

OS 7 TIPOS DE PETISTAS

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Uma radiografia geral.




1. Petista Menino Mimado:É aquele petista que acha que o mundo se resume à ideologia do PT. Acredita ser o centro do Universo. Todo pensamento verdadeiro que existiu, existe e existirá é o de seu partido. O resto é golpismo. Tem a certeza que o restante do mundo é contra ele. Infantilmente, pensa que todos os petistas são perfeitos, incólumes e infalíveis. Caso alguém prove o contrário: é golpismo! Este é o tipo de petista que não tem fundamento para debater assunto nenhum. Se é questionado sobre qualquer assunto ele não terá argumento. Então, ele partirá para agressão ou para ironia. No final, sempre considerará que venceu o debate, afinal, quem não é petista é ignorante.

2. Petista Adolescente Rebelde: A puberdade do petismo. Este é o petista que questiona as atitudes do partido. Nesta fase ele começa entender que a totalidade da existência não se resume ao PT. Fica confuso e passa a considerar possível as acusações contra o partido. Aqui acontece o divisor de águas. Neste momento ou ele sai do partido e passa para o lado dos radicais da oposição ou começa a se tornar petralha. Mas não é por estar em dúvida que ele deixará de defender o partido. Nos debates ele é muito mais preparado que o petista menino mimado, porém, é só ser apertado que ou parte para agressão ou some.

3. Petista Jovem Religioso: Já aceita que o partido não foi infalível em todos os momentos e fez escolhas erradas. Mas, para ele, os homem  falharam não o PT. Da mesma forma como os católicos que acreditam em "uma Igreja santa de homens pecadores". Este é o petista que glorifica Lula como messias. Um intocável que anda sobre a lama sem sujar nem os sapatos. Ele não gosta de nenhum mensaleiro, pois todos são Judas que traíram a confiança do grande mestre. Nos debates ele foge de assuntos relacionados ao mensalão, pois tem vergonha de assumir. Mas, se questionado sobre as atitudes de Lula, reage da mesma forma que um petista menino mimado.

4. Petista Corno Manso: Ele já entende que nem o PT e nem Lula são infalíveis. Mas foram errinhos que qualquer um cometeria. Ele perdoa. Este é o petista que fala "mas os tucanos fizeram muito pior". Para ele tudo pode ser relativizado. Afinal, fizeram coisas erradas, mas o país está muito bem e foram "perdoados" nas urnas.Este é o quarto nível de petista mas o primeiro, verdadeiramente, petralha. Ele aceita tudo que vem do partido e sempre arruma uma desculpa. Nos debates ele é mais preparado, tem formação e sempre vai arrumar um argumento para tudo. Mesmo que lhe mostre todas as sujeiras do partido, ele jamais aceita a derrota.

5. Petista Catedrático: É o petista que sabe que tudo está errado, mas não liga.Sabe que o PT é corrupto, que Lula é corrupto e que se tivesse lá também seria corrupto. Mas para ele o que importa é a ideologia. É aquele esquerdista que acredita e defende o marxismo mesmo que todas os norte-coreanos morram de fome. Mesmo que todos cubanos fujam para Miami. Mesmo que a China seja tão capitalista quanto os Estados Unidos na economia, mas amordace a população com um pseudo-socialismo. Prefere um esquerdista roubando do que um direitista trabalhando. Este petista não debate as atitudes do partido, só a ideologia.

6. Petista Raposa Velha: Este é, de longe, o pior tipo de petista. É o petralha profissional. Este é o petista que lhe rouba, quebra seus sigilos, cospe na sua cara, xinga a sua mãe, põe a culpa dos crimes dele em você e ainda pede seu voto. Nesta fase a única ideologia do petista é ganhar mais e mais. Sorrindo, ele ocupa os órgãos públicos, elegíveis ou não. É diretor de estatais, prefeito de sua cidade, deputado, senador, ministro e presidente. Ele é mensaleiro, aloprado, jornalista progressista e tudo mais que não preste. Este petista atropela tudo que estiver no seu caminho, foi ele quem matou Celso Daniel. O queira bem longe de você. Em debates ele sempre é agressivo, mas se for pego na mentira, se faz de vítima.

7. Petista Velho Gagá: Este é o petista mais perdido de todos. Nunca sabe o que está acontecendo no país. Ele é petista por não saber, ou ligar, que exista uma outra opção. Sempre que falam com ele parece que tem alzheimer, pois tudo lhe parece uma novidade. Odeia falar, ver, ouvir e pensar política. Vota a cada dois anos por obrigação e em quem lhe dizem para votar. Se questionado sobre qualquer atitude de política ele diz que isso é chato e não quer discutir. É o petista que diz: "política, religião e futebol não se discute". Apesar de ser o mais inofensivo de todos, é o mais irritante.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

CUSPINDO MARIMBONDOS

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Transcrevo na íntegra duas matérias do Reinaldo Azevedo, pois exprimem fatos altamente relevantes.



PT quer Genoino (aquele dos espancadores), condenado por corrupção e formação de quadrilha, com mandato de deputado! Que tal na Comissão de Ética?

Não é que o PT apenas considere o Supremo um tribunal de exceção. O partido, pelo visto, nem mesmo reconhece a existência do Judiciário. Leiam o que informa Bernardo Mello Franco na Folha. Volto depois.
Condenado, Genoino quer assumir vaga de deputado
Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no julgamento do mensalão, o ex-presidente do PT José Genoino ganhou apoio do partido para reassumir uma vaga na Câmara dos Deputados a partir do início de 2013. Ele pretende herdar a cadeira do petista Carlinhos Almeida, eleito para a Prefeitura de São José dos Campos, no interior paulista. Na eleição de 2010, Genoino foi candidato a deputado federal, mas não teve votos suficientes e ficou como suplente do partido. A cúpula do PT, que já fez desagravo ao ex-dirigente depois das condenações no STF (Supremo Tribunal Federal), já decidiu dar respaldo à sua posse em Brasília.
“O Genoino é o suplente e vai assumir. Sem problema nenhum”, disse à Folha o presidente do PT, Rui Falcão, na festa da vitória do prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad. Apesar do impacto negativo das condenações na opinião pública, deputados petistas têm manifestado internamente que sairão em defesa da volta do ex-dirigente à vida pública.
“Genoino precisa recuperar a sua cidadania política”, diz Paulo Teixeira (PT-SP), cotado para assumir a vice-presidência da Câmara em 2013, quando a Casa voltar ao comando do PMDB. A hipótese de retorno do ex-deputado vinha sendo tratada com discrição durante a campanha para não prejudicar candidatos petistas. Com a eleição de Haddad garantida, a defesa dos condenados no mensalão volta à pauta do PT, que divulgará uma nota sobre o resultado do julgamento nos próximos dias.
OBSTÁCULOSOs planos de Genoino ainda podem esbarrar na decisão do STF. Petistas dizem que é preciso aguardar o fim do julgamento para saber se a pena de perda de função pública, aplicada a réus do processo, pode impedir a posse do ex-presidente da sigla. A defesa dele sustenta que as punições só valerão a partir da publicação do acórdão do STF, que ainda pode demorar até seis meses.
(…)
VolteiA Folha defendeu dia desses, no editorial mais infeliz de sua história, que os mensaleiros tivessem penas alternativas, não de prisão. O PT resolveu levar a proposta a sério: quer José Genoino — aquele que foi visto em companhia de espancadores, inclusive de velhinhas — cumprindo pena como… deputado!
Eles não têm mesmo limites. O STF ainda não definiu a pena de Genoino. Se for condenado a mais de oito anos, tem de ficar em regime fechado — com direito a eventual progressão só depois de cumprir ao menos um sexto.
Aquele que a Justiça pode decidir pôr na cadeia, o PT quer na Câmara. É… Dado o partido, faz sentido.
Imagino a cena:
— Sua excelência o deputado corruptor tem de considerar que…
— Sua excelência o deputado quadrilheiro há de convir…
Mesmo processado pelo STF, o PT fez de João Paulo Cunha (SP) presidente da… COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA! Sugiro Genoino para a Comissão de Ética!
Texto publicado originalmente às 6h19
Por Reinaldo Azevedo
Reduto de Lula, Norte-Nordeste fortalece oposição
Por Maria Lima e Guilherme Voitch, no Globo:
O mito Luiz Inácio Lula da Silva, que em 2006 foi reeleito com 60,8% dos votos de seus conterrâneos nordestinos, e em 2010 ajudou a presidente Dilma Rousseff a fazer 70,5% dos votos na região, nestas eleições não teve forças para impedir que o Nordeste se transformasse no novo bunker do bloco PSDB/DEM. Juntas, as duas legendas levaram sete das 15 maiores cidades da região. Entre elas quatro capitais: Salvador, Aracaju, Maceió e Teresina. O mesmo fenômeno se repetiu no Norte, onde Lula teve 65,5% dos votos em 2006, e Dilma obteve 57,4% em 2010. Nas eleições de domingo, a oposição passou a controlar três capitais, com a vitória do PSDB em Manaus e Belém, e do PSOL em Macapá.
Além disso, o PSB, que já fala em alianças com os tucanos, consolidou-se nas duas regiões, com vitórias sobre o PT em Fortaleza e Recife, e em Porto Velho.
“O declínio do prestígio de Lula no Nordeste nestas eleições é um fato novo, relevante, que deve ser analisado. Ele foi a Salvador duas vezes. Em Fortaleza, foi uma vez. Gravou para o candidato do PT em Recife e não conseguiu virar as situações negativas. O que parece é que as pessoas se cansaram dessa coisa de mito, de deus. É um exagero dizer que ele foi o grande derrotado, porque ganhou São Paulo. Mas há um declínio de Lula, quer ele queira, quer não”, avaliou o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que apoiou a candidatura de Geraldo Júlio, do PSB de Eduardo Campos.
Bolsa Família deixa de ser recurso eleitoralFora São Paulo, Lula centrou fogo no Nordeste, em comícios, carreatas e gravações para seus candidatos. Para a oposição, as derrotas de Lula se devem ao fato de grande fatia do eleitorado, beneficiada pelo o Bolsa Família, considerar o benefício uma política pública consolidada: “Lula perdeu força nessa eleição porque se exauriu um pouco essa coisa da Bolsa Família como fidelização do eleitorado”, avalia o diretor da CEF Geddel Vieira Lima (PMDB), que apoiou ACM Neto, do DEM, em Salvador.
Em Salvador, Lula usou o discurso do Bolsa Família e chamou ACM Neto de mentiroso:
“É uma mentira sórdida dizer que o avô dele (Antônio Carlos Magalhães) criou o Bolsa Família”, disse Lula no palanque de Nélson Pelegrino. Animado com a conquista de Aracaju e Salvador, o presidente do Democratas, senador Agripino Maia (DEM-RN) afirma: “Lula era uma fortaleza inexpugnável em Pernambuco, sua terra natal, uma potência no Nordeste. O exemplo mais emblemático do fim desse mito é Salvador. Ele desembarcou lá com Dilma, era Bolsa Família de ponta a ponta. Tinham obrigação de eleger o candidato deles lá. O pobre do Bolsa Família aprendeu a votar e votou em quem quis. O messianismo de Lula morreu”, disse Agripino.
No PSDB, o senador Aécio Neves (MG) ressalta o fortalecimento da oposição no Norte e Nordeste, onde estava praticamente aniquilada. E minimiza a liderança da dupla Lula/Dilma. “Com exceção de São Paulo, onde estiveram no palanque de Haddad, com um discurso muito raivoso, Dilma e Lula perderam todas. Não tem mais esse negócio de Lula ser o dono da cocada preta não! Voltamos para o jogo com muita força no Norte e Nordeste”, disse Aécio Neves.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

TCHAU! Sr. JOSÈ SERRA.

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Mais uma derrota do tucano Serra. Esta, com a agravante de ter sido definitivamente sepultado nas urnas. Doravante, deverá tentar eleger-se síndico do próprio prédio. E olhe lá se o conseguir. Todo esse insucesso, deve-se ao não cumprimento da palavra empenhada ao eleitor, quando afirmou categoricamente que não deixaria o mandato municipal para candidatar-se à Presidencia e, fez justamente o oposto. Portanto, 'quem não sabe razar, chinga a Deus.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

LEWANDOWSKI E O FILHO DE LULA.

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Esse filho do Lula é realmente um multiplicador de bens...
De um simples mequetrefe, passou a multimilionário.

Como é bom ter o pai como presidente do país...
E que vergonha essa promiscuidade nos três Poderes da nossa denegrida República!!!
Só Deus para colocar um fim nessa pouca vergonha...
EIS O PORQUE DA TUA ATUAÇÃO NO MENSALÃO.
A posição do Ministro Ricardo Lewandowski já era esperada – absolvendo 4 réus do mensalão - e vai piorar. Quem tem
que se explicar é o próprio Supremo: Como é que, em já se sabendo da amizade com Lula, Lewandowski permaneceu no processo ?
E mais, porque não foi investigado o que corre na internet, que essa relação promíscua é bem mais extensa:
“O filho do Lula comprou uma casa da mãe desse então Desembargador; e logo em seguida ele foi indicado para o STF, pelo então Presidente Lula”
“De uma antiga chácara sobrou no centro do condomínio um imenso castelo estilo europeu onde ainda mora a matriarca, Dona Karolina Zofia Lewandowski, conhecida como Dona Carla, amiga de dona Marisa e de Lula e mãe do novo Ministro do STF, Enrique Ricardo Lewandowski. A mansão de Lulinha é a de número 737. O fato pode ser confirmado pela Ativo Imóveis, (14) 3531-6969”.
O povo brasileiro tem o direito a uma resposta: Isso é verdade ou é mentira ???
Embora nada disso comprove corrupção, o mais elementar em um processo judicial, no entanto, é que juiz, jurados e réus não podem ter qualquer tipo de relação pessoal ou comercial. Isso bastava para que o Ministro Ricardo Lewandowski não participasse do processo.
Com a palavra o STF.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

OS MARGINAIS DO PODER.



 








MARCO ANTONIO VILLA - HISTORIADOR.
PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - O Estado de S.Paulo
Vivemos um tempo curioso, estranho. A refundação da República está ocorrendo e poucos se estão dando conta deste momento histórico. Momento histórico, sim. O Supremo Tribunal Federal (STF), simplesmente observando e cumprindo os dispositivos legais, está recolocando a República de pé. Mariana - símbolo da República Francesa e de tantas outras, e que orna nossos edifícios públicos, assim como nossas moedas - havia sido esquecida, desprezada. No célebre quadro de Eugène Delacroix, é ela que guia o povo rumo à conquista da liberdade. No Brasil, Mariana acabou se perdendo nos meandros da corrupção. Viu, desiludida, que estava até perdendo espaço na simbologia republicana, sendo substituída pela mala - a mala recheada de dinheiro furtado do erário.
Na condenação dos mensaleiros e da liderança petista, os votos dos ministros do STF têm a importância dos escritos dos propagandistas da República. Fica a impressão de que Silva Jardim, Saldanha Marinho, Júlio Ribeiro, Euclides da Cunha, Quintino Bocayuva, entre tantos outros, estão de volta. Como se o Manifesto Republicano de dezembro de 1870 estivesse sendo reescrito, ampliado e devidamente atualizado. Mas tudo de forma tranquila, sem exaltação ou grandes reuniões.
O ministro Celso de Mello, decano do STF, foi muito feliz quando considerou os mensaleiros marginais do poder. São marginais do poder, sim. Como disse o mesmo ministro, "estamos tratando de macrodelinquência governamental, da utilização abusiva, criminosa, do aparato governamental ou do aparato partidário por seus próprios dirigentes". E foi completado pelo presidente Carlos Ayres Brito, que definiu a ação do PT como "um projeto de poder quadrienalmente quadruplicado. Projeto de poder de continuísmo seco, raso. Golpe, portanto". Foram palavras duras, mas precisas. Apontaram com crueza o significado destrutivo da estratégia de um partido que desejava tomar para si o aparelho de Estado de forma golpista, não pelas armas, mas usando o Tesouro como instrumento de convencimento, trocando as balas assassinas pelo dinheiro sujo.
A condenação por corrupção ativa da liderança petista - e por nove vezes - representaria, em qualquer país democrático, uma espécie de dobre de finados. Não há no Ocidente, na História recente, nenhum partido que tenha sido atingido tão duramente como foi o PT. O núcleo do partido foi considerado golpista, líder de "uma grande organização criminosa que se posiciona à sombra do poder", nas palavras do decano. E foi severamente condenado pelos ministros.
Mas, como se nada tivesse acontecido, como se o PT tivesse sido absolvido de todas as imputações, a presidente Dilma Rousseff, na quarta-feira, deslocou-se de Brasília a São Paulo, no horário do expediente, para, durante quatro horas, se reunir com Luiz Inácio Lula da Silva, simples cidadão e sem nenhum cargo partidário, tratando das eleições municipais. O leitor não leu mal. É isso mesmo: durante o horário de trabalho, com toda a estrutura da Presidência da República, ela veio a São Paulo ouvir piedosamente o oráculo de São Bernardo do Campo. É inacreditável, além de uma cruel ironia, diante das condenações pelo STF do núcleo duro do partido da presidente. Foi uma gigantesca demonstração de desprezo pela decisão da Suprema Corte. E ainda dizem que Dilma é mais "institucional" que Lula...
Com o tempo vão ficando mais nítidas as razões do ex-presidente para pressionar o STF a fim de que não corresse o julgamento. Afinal, ele sabia de todas as tratativas, conhecia detalhadamente o processo de mais de 50 mil páginas sem ter lido uma sequer. Conhecia porque foi o principal beneficiário de todas aquelas ações. E isso é rotineiramente esquecido. Afinal, o projeto continuísta de poder era para quem permanecer à frente do governo? A "sofisticada organização criminosa", nas palavras de Roberto Gurgel, o procurador-geral da República, foi criada para beneficiar qual presidente? Na reunião realizada em Brasília, em 2002, que levou à "compra" do Partido Liberal por R$ 10 milhões, Lula não estava presente? Estava. E quando disse - especialmente quando saiu da Presidência - que não existiu o mensalão, que tudo era uma farsa? E agora, com as decisões e condenações do STF, quem está mentindo? Lula considera o STF farsante? Quem é o farsante, ele ou os ministros da Suprema Corte?
Como bem apontou o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, o desprezo pelos valores republicanos chegou a tal ponto que ocorreram reuniões clandestinas no Palácio do Planalto. Isso mesmo, reuniões clandestinas. Desde que foi proclamada a República, passando pelas sedes do Executivo nacional no Rio de Janeiro (o Palácio do Itamaraty até 1897 e, depois, o Palácio do Catete até 1960), nunca na História deste país, como gosta de dizer o ex-presidente Lula, foram realizadas na sede do governo reuniões desse jaez, por aqueles que entendiam (e entendem) a política motivados "por práticas criminosas perpetradas à sombra do poder", nas felizes, oportunas e tristemente corretas palavras de Celso de Mello.
A presidente da República deveria dar alguma declaração sobre as condenações. Não dá para fingir que nada aconteceu. Afinal, são líderes do seu partido. José Dirceu, o "chefe da quadrilha", segundo Roberto Gurgel, quando transferiu a chefia da Casa Civil para ela, em 2005, chamou-a de "companheira de armas". Mas o silêncio ensurdecedor de Dilma é até compreensível. Faz parte da "ética" petista.
Triste é a omissão da oposição. Teme usar o mensalão na campanha eleitoral. Não consegue associar corrupção ao agravamento das condições de miséria da população mais pobre, como fez o ministro Luiz Fux num de seus votos. É oposição?

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O RÉU AUSENTE!










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O TRIO 'QUADRILHEIRO DOS PTRALHAS", ESTÁ REALMENTE ARREPENDIDO PELO RÉU AUSENTE.


A tese da quadrilha, emanada da acusação e adotada pelo relator,.ministro Joaquim Barbosa, orienta a maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do caso do mensalão. Metodologicamente, ela se manifesta no ordenamento das deliberações, que agrupa os réus segundo a lógica operacional seguida pela quadrilha. Substantivamente, transparece no conteúdo dos votos dos ministros, que estabelecem relações funcionais entre réus situados em posições distintas no esquema de divisão do trabalho da quadrilha.
As exceções evidentes circunscrevem-se ao revisor, Ricardo Lewandowski, e a José Antônio Dias Toffoli, um ex-advogado do PT que, à época, negou a existência do mensalão, mas agora não se declarou impedido de participar do julgamento. O primeiro condenou os operadores financeiros, mas indicou uma inabalável disposição de absolver todo o núcleo político do sistema criminoso. O segundo é um homem com uma missão.
O relatório de "contraponto" do revisor, uma cachoeira interminável de palavras, consagrou-se precisamente à tentativa de implodir a tese principal da acusação. Sem a quadrilha a narrativa dos eventos criminosos perderia seus nexos de sentido. Como consequência, voluntariamente, a mais alta Corte vendaria seus próprios olhos, tornando-se refém das provas materiais flagrantes. Juízes desmoralizados proclamariam o império da desigualdade perante a lei, condenando figuras secundárias cujas mãos ainda estão sujas de graxa para absolverem, um a um, os pensadores políticos que coordenavam a orgia de desvio de recursos públicos. Esse caminho, o sendero de Lewandowski, felizmente não prosperou.
Há um julgamento em curso, não uma farsa. Uma quadrilha é uma organização, tanto quanto uma empresa. Nas organizações há uma relação inversa entre a posição hierárquica e a natureza material da função. Nos níveis mais elevados de direção o trabalho é altamente abstrato: análise estratégica, definição de metas de longo prazo, orientação geral de prioridades e rumos. Nessa esfera ninguém opera máquinas, emite ordens de pagamento ou assina relatórios gerenciais. Contudo as organizações se movem na direção e no ritmo ditados pelo círculo fechado de seus "intelectuais".
A narrativa da peça acusatória conta-nos que, na quadrilha do mensalão, um personagem concentrava as prerrogativas decisórias supremas. José Dirceu, explicou o procurador-geral da República, utilizava sua dupla autoridade, no governo e no PT, para mover as engrenagens da "fabricação" de dinheiro destinado a perpetuar um condomínio de poder. Previsivelmente, o "chefe da quadrilha" deixou apenas rastros muito tênues e indiretos de seus feitos. "O que vão querer em termos de provas? Uma carta? Uma confissão espontânea? É muito difícil. Você tem confissão espontânea de ladrão de galinha", constatou o juiz Marco Aurélio Mello em entrevista recente.
O que decidirá o STF quando, ultrapassado o escalão dos chefes políticos acessórios, chegar à encruzilhada de Dirceu? O inacreditável Toffoli explicitou seus critérios ao justificar o voto de absolvição sob o argumento de que "a defesa não precisa provar sua versão". Todos sabem que o ônus da prova de culpa cabe à acusação. Mas é óbvio até para leigos que, confrontada com evidências de culpabilidade, a defesa tem o dever de comprovar seus álibis.
Na ponta oposta, o juiz Luiz Fux sustentou que, diante de "megacrimes" articulados por figuras poderosas, "indícios podem levar a conclusão segura e correta". A síntese de Fux descortina o método pelo qual, sem arranhar as garantias do Estado de Direito, é possível estender a aplicação da lei aos "fidalgos" da República.
Não é verdade, como alega a defesa do então ministro-chefe da Casa Civil, que nada se tem contra ele. A acusação apresentou uma longa série de provas circunstanciais do poder efetivo de Dirceu sobre os personagens cruciais para as operações da quadrilha. Mas, na ausência de uma improvável confissão esclarecedora de algum dos réus, os juízes terão de decidir, essencialmente, sobre "indícios": a lógica interna de uma narrativa. Eles podem escolher a conclusão inapelável derivada da tese da quadrilha e, sem o concurso de provas documentais, condenar o réu mais poderoso pela autoria intelectual dos inúmeros crimes tipificados.
A alternativa seria recuar abruptamente em face do espectro da ousadia jurídica, absolver o símbolo do mensalão e legar à posteridade a história esdrúxula, risível e intragável de uma quadrilha carente de comando. O enigma é, porém, ainda mais complexo.
Como registrou o advogado de defesa do ex-deputado Roberto Jefferson, há um réu ausente, que atende pelo nome de Lula da Silva. Toda a trama dos crimes, tal como narrada pela acusação, flui na direção de um comando central. Dirceu, prova o procurador-geral, detinha autoridade política sobre os operadores cruciais do mensalão. Mas acima de Dirceu, no governo e no PT, encontrava-se Lula, "um sujeito safo" que "sempre se mostrou muito mais um chefe de governo do que chefe de Estado", nas palavras do mesmo Marco Aurélio.
A peça acusatória, todavia, não menciona Lula, o beneficiário maior da teia de crimes que alimentavam um sistema de poder. A omissão abala sua estrutura lógica. "Você acha que um sujeito safo como Lula não sabia?", perguntou Marco Aurélio, retoricamente, ao jornalista que o entrevistava. Ninguém acha - e existem diversos depoimentos que indicam a ciência plena do então presidente sobre o essencial da trama.
O mesmo tipo de prova indireta, não documental, utilizada na incriminação de Dirceu poderia - e, logicamente, deveria - ter sido apresentada para por Lula no banco dos réus. Mas o procurador-geral escolheu traçar um círculo de ferro em torno de um homem que, coberto de motivos para isso, se acredita inimputável.
A opção da acusação, derivada de uma perversa razão política, assombrará o País por longo tempo.
* SOCIÓLOGO E DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP. E-MAIL: DEMETRIO.MAGNOLI@UOL.COM.BR

 

domingo, 21 de outubro de 2012

A PRÓTESE DO PT NO SUPREMO





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Guilherme Fiuza é jornalista e autor de vários livros, entre eles “Meu Nome não é Johnny”, adaptado para o cinema.  Em teu blog, trata de grandes temas da atualidade, com informação e muita opinião principalmente sobre política.

A prótese do PT no Supremo  -  09:02, 10/09/2012   -      gmfiuza -     Geral  -  (ÉPOCA – edição 747)

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli são a prova viva de que a revolução companheira triunfará. Dois advogados medíocres, cultivados à sombra do poder petista para chegar onde chegaram, eles ainda poderão render a Luiz Inácio da Silva o Nobel de Química: possivelmente seja o primeiro caso comprovado de juízes de laboratório. No julgamento do mensalão, a atuação das duas criaturas do PT vem provar, ao vivo, que o Brasil não precisa ter a menor inveja do chavismo.
Alguns inocentes chegaram a acreditar que Dias Toffoli se declararia impedido de votar no processo do mensalão, por ter advogado para o PT durante anos a fio. Participar do julgamento seria muita cara de pau, dizia-se nos bastidores. Ora, essa é justamente a especialidade da casa. Como um sujeito que só chegou à corte suprema para obedecer a um partido iria, na hora h, abandonar sua missão fisiológica?
A desinibição do companheiro não é pouca. Quando se deu o escândalo do mensalão, Dias Toffoli era nada menos do que subchefe da assessoria jurídica de José Dirceu na Casa Civil. Os empréstimos fictícios e contratos fantasmas pilotados por Marcos Valério, que segundo o processo eram coordenados exatamente da Casa Civil, estavam portanto sob as barbas bolivarianas de Dias Toffoli. O ministro está julgando um processo no qual poderia até ser réu.
A desenvoltura da dupla Lewandowski-Toffoli, com seus cochichos em plenário e votos certeiros, como na absolvição ao companheiro condenado João Paulo Cunha, deixariam Hugo Chávez babando de inveja. O ditador democrata da Venezuela nem precisa disso, mas quem não gostaria de ter em casa juízes de estimação? A cena dos dois ministros teleguiados conchavando na corte pela causa petista, como super-heróis partidários debaixo de suas capas pretas, não deixa dúvidas: é a dupla Batman e Robin do fisiologismo. Santa desfaçatez.
Já que o aparelhamento das instituições é inevitável, e que um dia seremos todos julgados por juízes de estrelinha na lapela, será que não dava para o estado-maior petista dar uma caprichada na escolha dos interventores? Seria coincidência, ou esses funcionários da revolução têm como pré-requisito a mediocridade?
Como se sabe, antes da varinha de condão de Dirceu, Dias Toffoli tentou ser juiz duas vezes em São Paulo e foi reprovado em ambas. Aí sua veia revolucionária foi descoberta e ele não precisou mais entrar em concursos – essa instituição pequeno-burguesa que só serve para atrasar os visionários. Graças ao petismo, Toffoli foi ser procurador no Amapá, e depois de advogar em campanhas eleitorais do partido alçou voo à Advocacia-Geral da União – porque lealdade não tem preço e o Estado são eles.
É claro que uma carreira brilhante dessas tinha que acabar no Supremo Tribunal Federal.
O advogado Lewandowski vivia de empregos na máquina municipal de São Bernardo do Campo. Aqui, um parêntese: está provado que as máquinas administrativas loteadas politicamente têm o poder de transformar militantes medíocres em grandes personalidades nacionais – como comprova a carreira igualmente impressionante de Dilma Rousseff. Lewandowski virou juiz com uma mãozinha do doutor Márcio Thomaz Bastos, ex-advogado de Carlinhos Cachoeira, que enxergou o potencial do amigo da família de Marisa Letícia, esposa do bacharel Luiz Inácio.
Desembargador obscuro, sem nenhum acórdão digno de citação em processos relevantes, Lewandowski reuniu portanto as credenciais exatas para ocupar uma cadeira na mais alta esfera da Justiça brasileira.
Suas diversas manobras para tumultuar o julgamento do mensalão enchem de orgulho seus padrinhos. A estratégia de fuzilar o cachorro morto Marcos Valério, para depois parecer independente ao inocentar o mensaleiro João Paulo, certamente passará à antologia do Supremo – como um marco da nova Justiça com prótese partidária.
O julgamento prossegue, e os juízes do PT no STF sabem que o que está em jogo é a integridade (sic) do esquema de revezamento Lula-Dilma no Planalto. Dependendo da quantidade de cabeças cortadas, a platéia pode começar a sentir o cheiro dos subterrâneos da hegemonia petista.
Batman e Robin darão o melhor de si. Olho neles.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ACREDITE SE QUISER!

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Nem tudo que reluz é ouro! As máscaras do aliados começam a cair.


Cúpula petralha enxerga conspiração de Dilma no STF para condenação de Dirceu e Genoíno no Mensalão

Edição do Alerta Total –   Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.netTeve um dedo da Presidente Dilma Rousseff na pesada condenação a José Dirceu e José Genoíno por corrupção ativa. A suspeita, aparentemente contraditória, já virou tese na cabeça de alguns membros da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores. Eles já propagam o temor de que Dilma tenta se fortalecer politicamente para romper com o partido. Por isso, já tem uma minoria pensando em sair com Dilma antes que ela “traia” o PT.

A teoria conspiratória sobre a ação de bastidores de Dilma, enxergada pelos petistas que não toleram a ex-brizolista na Presidência, seria justificada com os contundentes votos dados contra o núcleo político do PT no julgamento da Ação Penal 470 pelos ministros Luiz Fux e Rosa Maria Weber. Pelo raciocínio de alguns petistas da cúpula, como os dois magistrados foram indicados por Dilma para o STF, se poderia atribuir uma participação oculta da Presidente na destruição dos réus do mensalão, sobretudo José Dirceu, que nunca topou bem com Dilma.

O temor de uma minoria na Executiva do PT – onde José Dirceu tem grande influência – é que Dilma consiga se tornar independente do partido, para descartá-lo no momento em que for conveniente. O medo maior é que Dilma, com alta popularidade nas pesquisas de opinião, supere o mito (em decadência) Luiz Inácio Lula da Silva e inviabilize um possível retorno dele à Presidência, em 2014. Ainda de acordo com a crença conspiratória dos petistas (que enxergam golpistas e inimigos por todos os lados), Dilma estaria contando com o desgaste público que o julgamento do Mensalão vai causar, para tirar do governo quem tenha relações fortes com os réus condenados à execração pelo STF.

Uma certeza dos petistas é concreta. Dilma tem um projeto próprio de poder e gostaria de consolidá-lo sem depender do PT. Até agora, ela tem dado manifestações públicas de fidelidade e lealdade a Lula da Silva. No entanto, já contrariou fortemente o ex-presidente, atropelando o PT para emplacar sua poderosa amiga Maria das Graças Foster na presidência da Petrobrás, no lugar de José Sérgio Gabrielli – cuja gestão virou alvo de críticas da Graça, que fazia parte dela como diretora. Além do caso Gabrielli, petistas reclamam do corpo mole de Dilma em subir no palanque paulista de Fernando Haddad (como ela fez muito a contragosto) e no apoio escancarado ao amigo José Fortunati (PDT) que venceu facilmente a disputa pela Prefeitura de Porto Alegre.

No entanto, o episódio mais recente de desgaste e confronto de Dilma com um cardeal da legenda aconteceu na antevéspera da eleição municipal. A Presidenta mandou que Gilberto Carvalho se retratasse publicamente sobre o infeliz comentário acerca do julgamento do Mensalão: "Aquela coisa do outro lado da rua dói muito". Reservadamente, Dilma comentou que o gesto de Carvalho foi “idiota”. Dilma ficou contrariada porque seu Secretário-Geral da Presidência da República jamais poderia ter cometido tamanho ato de agressão e desrespeito ao Supremo Tribunal Federal - cujo prédio fica em frente ao Palácio do Planalto, no outro lado da Praça dos Três Poderes.

Outra manifestação lida nas entrelinhas pela cúpula petista contra Dilma foi a atitude dela em deixar claro que quem fosse condenado no Mensalão deveria deixar o governo assim que terminasse o julgamento no STF. A pressão interna feita por ela foi tão violenta – desagradando a oligarquia partidária – que José Genoíno foi praticamente coagido a entregar ontem seu cargão de assessor especial do Ministro da Defesa. Genoíno foi saído, “PT da vida”, com Dilma.

A personalidade marciana de Dilma, que não tem medo de enfrentamentos internos e toma decisões enérgicas na velocidade em que Lula nunca tomou, assusta os membros da executiva nacional do PT. Lula também não ousa contrariá-la publicamente porque sabe que Dilma não responderia como uma vaquinha de presépio – o que poderia precipitar um rompimento prematuro entre a criatura e seu criador. O fato real é que a brizolista Dilma nunca foi bem digerida pela turma do “Sapo (Boi)Barbudo” – como o falecido caudilho Leonel de Moura Brizola se referia a Lula, sempre que ambos divergiam politicamente.

A grande questão, que só o tempo irá resolver, é quando ocorrerá um confronto final. Qual justiçamento político acontecerá primeiro: Lula e o PT romperão com Dilma? Ou a Presidenta deixará à deriva o titanic dos petralhas? Pelo cenário atual, o PT é um barco com previsão de afundamento (que pode ser lento ou rápido) após o julgamento do Mensalão e na hora em que os membros de sua cúpula (Dirceu e Genoíno) forem obrigados pela Lei a pagar suas penas vendo o sol nascer quadrado. O caldo deve entornar de vez se novas e inevitáveis investigações relacionarem diretamente Luiz Inácio Lula da Silva ao verdadeiro comando do esquema mensaleiro.
O Alerta Total já entecipou que o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem tudo para enfrentar problemas sérios no desdobramento judicial do Mensalão. Com a condenação de seu ex-chefe da Casa Civil por corrupção ativa, será impossível sustentar a tese de que José Dirceu agia sozinho na operação de “compra” de partidos base aliada, sem que seu superior hierárquico “soubesse de nada”. Sob a presidência de Joaquim Barbosa no STF, a partir de 18 de novembro, o mito Lula deverá enfrentar o rigor da Justiça – com o agravante de que agora não tem mais foro privilegiado para se blindar.

Dilma Rousseff, ao contrário de Lula, é estrela em ascensão. É favorita, facilmente, à reeeleição em 2014. Até agora, não há concorrentes de peso. Eduardo Campos (PSB) ou Aécio Neves (PSDB) não são páreo para ela. Se o PT cometer o arakiri político de detonar Dilma da legenda - insistindo no retorno de Lula -, a presidenta tem a opção de retornar ao PDT ou ser adotada por um partido gigante como o PMDB, cujo desejo permanente é ser governista. Brigar com Dilma é péssimo negócio. Mas como os petralhas são autofágicos, têm tudo para cometer mais um erro político fatal.


Na conjuntura até 2014, só um nome poderia enfrentar Dilma com chances de vitória - ao menos perante a opinião pública: Joaquim Barbosa. Mas nada indica que ele tenha pretensões de deixar o STF e ser candidato ao Palácio do Planalto.