quinta-feira, 13 de março de 2014

MARACUTAIAS E MAIS MARACUTAIAS

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Olhem aí pra que servem o dinheiro das operadoras de telefonia, etc.

Até que enfim a Justiça Eleitoral põe um freio na vergonhosa campanha eleitoral de Skaf com recursos da Fiesp, do Sesi e do Senai. Ou: Onde está a Apple de Skaf? Onde está a sua Microsoft?

Já critiquei aqui a campanha eleitoral desavergonhada que Paulo Skaf faz na televisão com recursos da Fiesp e, pior ainda, do Senai e do Sesi — uma parte do dinheiro do chamado “Sistema S” é pública. Como todo mundo sabe e ele próprio não esconde, será o candidato do PMDB ao governo de São Paulo. Ao chamar para si, como se fosse obra pessoal, o trabalho de uma federação e de dois braços da indústria, um voltado à formação de mão de obra técnica e outro à educação de modo mais geral, privatiza o que não lhe pertence, fere a lei eleitoral de maneira explícita e frauda os fundamentos da disputa política.
Pois bem! O juiz Luiz Guilherme da Costa Wagner concedeu um liminar proibindo as suas absurdas — na forma e na quantidade — aparições na TV, incluindo voz e imagem. Skaf não poderá, por exemplo, ser um narrador em off dos feitos dessas entidades.
Na representação, a Procuradoria Regional Eleitoral pede a suspensão da veiculação da propaganda, a condenação do presidente da Fiesp por propaganda eleitoral antecipada e o pagamento de uma multa de R$ 34 milhões — valor correspondente às inserções.
Segundo as contas da Justiça, no ano passado, Skaf apareceu na TV por, pasmem!, 97 horas e falou no rádio por 119 horas.
A defesa de Skaf apelou a uma tese ridícula e afirmou que Steve Jobs e Bill Gates também recorrem a meios de comunicação. Bem, o magistrado lembrou o óbvio: Jobs nunca foi candidato a nada, e Gates não é. A propósito: onde está a Apple de Skaf? Onde está a sua Microsoft? Em qual endereço? Tenham paciência!
Segundo lugar
Skaf já foi “socialista” da linha PSB. Hoje é peemedebista da linha… bem, da linha PMDB. Aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais em São Paulo sem nunca ter disputado o cargo nem de síndico — eleição corporativa não vale. É evidente que alcançou esse lugar em razão dessa exposição absurda, financiada por dinheiro que não lhe pertence e que está sendo usado em benefício de um projeto político pessoal e de um partido.
Já li a respeito análises para todos os gostos. Há quem diga que sua candidatura é ruim para Geraldo Alckmin porque retira votos, digamos assim, da ala um pouco mais conservadora do eleitorado. Há quem diga que é ruim para Alexandre Padilha porque os eventuais descontentes com o PSDB, mas um tanto ressabiados com o PT, têm onde se ancorar. Não custa lembrar que Celso Russomanno deu trabalho aos petistas em 2012 — foi preciso demonizá-lo para valer. Tendo até a me inclinar mais para a segunda leitura. Como acho que a eleição de um petista em São Paulo seria desastrosa, Skaf até poderia cumprir um papel importante para afastar esse risco.
Ocorre que, nessa matéria, tem de valer a lei, não essas feitiçarias calculistas. O senhor Skaf que desista da sua candidatura e, aí sim, apareça na televisão o quanto quiser. A exposição, na forma conhecida, era degradante para a Fiesp, para o Sesi, para o Senai e para a polí
Fonte:Reinaldo Azevedo

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